segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Aroma de cereja a escalar a pele


Chegaste vestida de luz, gomo de cereja na mediania das cores, mas eu era já tarde de mais, apenas cinza a pentear silêncios.
À distância do tempo, fomos derrotados por estações defeituosas, um poema mal escrito e todos os frutos apodrecidos antes da boca, por isso resta-nos esperar a chuva, chapéu colorido aberto e cabelos soltos para a única certeza: a de hoje sermos o derradeiro arrepio a escalar-nos a pele.



fotografia de jorge pimenta



10 comentários:

  1. Que lindo meu querido poet'amigo!!! Você escreve com a doçura da saudade!!!

    Como é bom vir aqui!!!

    Beijos

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  2. Lindo, como sempre, melífluo e profundo, e que linda fotografia, admiro seu olhar fotográfico amigo, só não conhecia a canção, muito legal.

    Um abração pra ti e é sempre bom estar aqui apreciando sua beleza poética e suas fotos, assim como as canções.

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  3. Jorgíssimo,
    de onde você você tira estes triângulos imperfeitos e circulos tão misteriosos?

    Venho para elogiar seu olhar e lhe deixar um abraço.
    Retomei a blogagem.
    Retomei a escrita.

    Saudades da nossa amizade.
    Saudades do amigo de Bracara Augusta.

    Abração,

    R.

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  4. Querido amigo, um doce ponto de luz esta imagem, sempre, como as tuas palavras…
    Beijinho-coração! :-)

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  5. Venho desejar um ano maravilhoso!
    Inspiração sempre..
    A cor quente que - única - ilumina tuas letras.
    beijos.

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  6. sonho simples:

    esperar a chuva
    de cabelos soltos. :)

    beijos

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  7. Moment went before the figures.
    Stunning field of view and a vision. Great!
    Greetings

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  8. Jorgíssimo,
    pensei que você tinha parado com o blog. Não me pergunte o motivo. Embananei-me todo. Volto aqui e sou surpreendido, os olhos transbordando poesia nos e textos e imagens.
    Saudade imensas suas.

    Abração do

    r.

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    1. Robertílimo,

      O blogue está atolado e voga, hoje, ao sabor das palavras que teimam em permanecer à tona da água - esta publicação, a última, tem dois anos!!! Marés sem tempo que resgatam rostos, sentires e afetos maiores que estão para lá do que se esquece. Impossível esquecer...

      Um abraço forte!

      P.S. Amanhã conto meter-me num comboio e seguir viagem até ao Porto. Eu e a minha câmara. Se as filas de ingresso o permitirem, a Lello fará parte do roteiro; faltas cá tu para chegarmos à tasca do Ti Manel :)

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