queria fechar-se inteiro num poema
[...] quero eu dizer: todo
vivo moribundo morto
e a sombra dos elementos por cima
herberto helder, a morte sem mestre
fotografia de jorge pimenta
ofereço-te a insónia
mãos que transpiram e
um par de olhos pousados em nuvens
rasgadas
ofereço-te ilhas brancas e arquipélagos
navios inteiros, tripulações e
tantos impossíveis
sobretudo
ofereço-te este braço,
esguio e magro,
no punho de um guarda-chuva
derretendo a tela entre gotas ácidas
que incham, fremem e queimam o dia
em que regressámos um ao outro,
corpo gasto de tanto assobiar
ao medo e à fome de
todas as coisas.
a insônia de medos e desejos..
ResponderEliminarfiquei a ler,reler e sentir cada verso.
E me tocaram a fundo.
tua foto perfeita! a música...
beijo e um ótimo final de semana querido Poeta.
trago-te o sono
ResponderEliminarcom a calma nos olhos
e duas mãos que agarram
o sonho sempre (ainda)
levo-te a sair do porto
que fica numa ilha além
rodeada de água e canto de gaivotas
e um abraço apertado
apenas
sem palavras
sem sombras
com as cores todas do arco-iris
escorrendo em espiral
com que podes pintar
os regressos de sons
e dias findos sem medo
e sem réstia de mágoas
Vejo essa tela esmaecer, mas ainda tão vívido o que umedece e corrói.
ResponderEliminarMe atualizando por aqui com sua bela poesia, meu caro.
Grande abraço.
o medo e a fome.
ResponderEliminare todas as coisas.
saio por aí, assobiando.
saudades, jorgíssimos. fred martins vai se apresentar em Braga. Arrume um jeitinho de ir ver. será na semana que vem. Anabela tem as informações.
vê se não some.
abração desse seu irmão meio esquisito, o
roberto.
Jorge,
ResponderEliminarum sábado,
mais outro sábado fechado propício a se esconder
( e se perder).
Esconde-se assim também o azul amalgamado - todo cinza contém.
Este azul que te ofereço. E meu abraço
Afetuoso
E eu atravesso
ResponderEliminarnáufraga
entre os extremos
do poema.
Beijos .
maravilhoso, querido amigo. maravilhoso!
ResponderEliminarpoema, música,imagem…
beijinho!!!
Maravilha(da), Jorge.
ResponderEliminarBeijinhos!
assim vivemos... definhando-nos diante da ilusão dos assobios que nunca afugentam o medo e a fome. agora, doar mãos úmidas de torturas e olhares que demoram sobre o véu desabotoado é gesto de loucura. a loucura ingênua dos que ultrapassam a dureza dos muros .vc, poeta, é afinação dos elementos sobre minha tumba
ResponderEliminarbjs, meu amigo, com meus tantos impossíveis
p.s.a imagem que vai se estreitando é bárbara. genial!
Profunda palavras
ResponderEliminarEmoção ao ler, esse final é encantador
corpo gasto de tanto assobiar
ao medo e à fome de
todas as coisas.
Bjuss de boa noite
Rita!!!
Muito intenso, maravilhosamente intenso :)
ResponderEliminarbjs
A fome de todas as coisas...(Algumas vezes teus versos me rimam). Saudades, beijos!
ResponderEliminarOuso oferecer-te o que me resta ... Uma amizade verdadeira e autêntica...
ResponderEliminarOuso despedir-me com beijo terno e saudoso!
Parabéns, querido amigo!
Meu querido Poeta
ResponderEliminarHá regressos doridos e partidas sem chegada...corpos com sede de amar.
Como sempre deixas-me sem palavras para comentar o que apenas o momento do poeta vê.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
É muito linda a música do vídeo e a foto, como as demais que já colocou em suas postagens, arte que aplaudo.
ResponderEliminarSuas palavras tocam e esse poema tem um oferecimento dramático, que nem sei se caminha para alegria ou dor. Trouxeram-me um sentimento ainda forte, na fraqueza dos braços estendidos. Bjs.
Tô ausente dos blogues ainda.... Mas chego aqui e o encanto é aquele que deixei na última vez que passei por aqui,,, É o encanto de sempre, mas por estímulos diferentes, singulares imagens poéticas, delírios cheios de exuberâncias!
ResponderEliminarBeijinho, querido.