Ama como a estrada
começa
Mário Cesariny
I. gravidade
contei vésperas
amei ausências
jurei tantos mistérios
simples
neste estímulo de intentos
que me adivinho leve
a pairar sobre letras e cata-ventos
com que desfolhaste a terra:
hoje
esqueço-me de mim
no itinerário dos dias inteiros
ou não fosse o verbo o maior dos teus
silêncios.
fotografia de jorge pimenta
II. poema de fim de dia e seus quebrantos
escrevo versos como quem cavalga
nomes
nomes
como quem açoita
destinos:
afinal
é sempre tão húmida
a estação da saliva
com que velejas metáforas
e tantos impossíveis
meus.
fotografia de jorge pimenta
Ah, eu fiquei a pensar nos destinos açoitados! Uma imagem forte .Além do prazer enorme de te ler, as fotos são sempre um espetáculo à parte.
ResponderEliminarBeijos, poeta!
sempre com mel na voz, taninha.
Eliminarum beijão amigo!
Jorge,
ResponderEliminara razão guia, mas é o coração que alcança.
Abraço com gravidade,
meu querido amigo-poeta-fotógrafo-companheiro de prosa e verso, tour em Braga, Guimarães, Porto e cafezinho forrrrte:)
aninha,
Eliminara simbiose é o velo de ouro que nos faz jasãos de pé ligeiro e mãos brancas sobre o tempo; mesmo reconhecendo a sua impossibilidade, façamo-nos pequenos infinitos no verso, nos tours em braga, guimarães, porto, no café forte, no lenço esquecido, nos goles de chimarrãos e nas palavras que acalentam presenças.
beijo para todos os regressos!
e tão imprudente é o ato de escrever quando os estímulos são os próprios intentos!cavalgar nomes dá uma coragem!!
ResponderEliminarponho-me
na ponta
da letra
que aponta
para mim
beijos, meu amigo poeta das imagens pulsantes!
escrever estímulos e intentos: assomo de luz na estreiteza do verso, com coragem e voragem:
Eliminarproporção e forma
no verso livre:
um pouco de tudo
pulsando
do lado esquerdo
do peito:
parcos resquícios de mim
num quase infinito,
apenas.
beijo, querida amiga de inspiração sempre inebriante!
sinto-me tomado pelo ímpeto do galope de cada sílaba na saliva
ResponderEliminarabração
rédea solta que as rimas são o ímpeto e o caminho, caro amigo.
Eliminarabração!
Escreves versos como quem domina a língua.
ResponderEliminarPoeta divino!
Beijos cristais*
quisera eu ser domador de língua, cris; contento-me em ter meus delírios e atavios de voz por ela domados.
Eliminarbeijos de cris-tal, poeta imensa!
a melancolia com que vestes estas palavras... simplesmente inesquecíveis.
ResponderEliminar"contei vésperas
amei ausências
jurei tantos mistérios
simples
neste estímulo de intentos
que me adivinho leve
a pairar sobre letras e cata-ventos
com que desfolhaste a terra..."
quanta magia na voz!
Beijos, querido amigo!
procuro apenas remexer a memória pelo reverso dos signos, querida amiga.
Eliminartão bom saber-te por aqui! beijos e versos!
E o Esquecimento dilui-se no Silêncio de tuas palavras,
ResponderEliminarque,de forma impetuosa, se entranham na alma e se fazem (E)ternas...
Beijinho meu, querido amigo!
todo o dizer é esquecimento... para o que recordamos existe tão somente o silêncio.
Eliminarbeijinho, alcina, minha querida amiga-fotógrafa!
As palavras lhe brotam com tamanha facilidade e sensibilidade que só me deixam encantamento. Bjs.
ResponderEliminartão bom este feliz reencontro, marilene.
Eliminarum beijo meu!