[fotografia de eurico portugal]
tempo de não voltar a mentir
labirintos
o sexo escondido pelos bares
e os dias em que chovíamos um no outro
tempo de não voltar a mentir
porque é tempo de fingir que quase não existes
[fotografia de eurico portugal]
lugares onde as pedras também amam
e o tempo é quase sempre
[fotografia de eurico portugal]
todo o tempo que baixa os olhos
apaga as linhas do rosto
e morre
é o tempo de tornar a viver
[fotografia de eurico portugal]
tudo o que não recordo altera o passado
Nossa... lindas fotografias... a terceira então... demais!!
ResponderEliminarEstou dando prioridade ao meu tempo-quase... hora de evitar lembranças ardidas e recomeçar!
beijo, meu amigo poeta querido!
jô,
Eliminaresse tempo-quase que é tão mais do que tempo, verdade? um pouco como as fotografias: captam o tempo e capturam-no, numa eternidade enganosa, por ser... tempo nenhum.
beijinho!
Eurico, Euriquíssimo,
ResponderEliminarquando eu voltar ao seu reino quero que me leve à reboque durante um dia todinho, e me ensine esse seu jeito de ver as coisas, este seu olhar de antiquário, este seu jeito de reconstruir a vida desconstruindo-a...
no seu olho, pérola vira lágrima, antes de virar pérola outra vez.
se é que me entende...rs
abração,
r.
robertílimo,
Eliminarvolta ao meu reino, sim; entrego o meu cavalo já para que isso aconteça sem demora. e quanto a fazermos o roteiro do meu olhar de antiquário, será para mim dupla recompensa. mas olha que teremos de calcorrear centenas de quilómetros, assim. seja como for, mesmo não havendo uma d. helena e a sua taberninha por perto, haverá outras donas de nome qualquer com seus irresistíveis petiscos, por certo.
e aí, serão ambas as retinas - a tua e a minha - a reinventar a lágrima e a pérola!
abracílimo, amigão!
O tempo de fingir a quase existência parece um tempo eterno. Desses que imobilizam os instantes em que se não pode ser.
ResponderEliminarLindos versos, e imagens tocantes. Li tudo aqui ontam desde o começo deste blog e me emocionei, ou emoções antigas voltaram. Há esse tempo ancestral também, de reconhecer uma velha (amiga) escrita.
Beijo de admiração ad infinitum.
larinha,
Eliminaraos poucos recuperamo-nos uns aos outros, nós, aqueles para quem os laços se entretecem pela escrita e, enquanto ela exista, não se desatam. bom, muito bom ter-te aqui, nesta nova viagem!
beijos com afeto e admiração!
querido amigo, simplesmente lindas as tuas fotografias.
ResponderEliminaruma verdadeira viagem por esta galeria debruada com as linhas do tempo...
a música de ficar e ouvir mais e mais.
beijinhos!
andy, amiga de lisboa e das suas canções,
Eliminarsempre que escuto as melodias dos madredeus dedicadas a lisboa - a tua cidade, não de berço mas de adoção - recordo-me de ti, das tuas palavras e silêncios, das tuas fotografias, dos teus dias, do teu tejo, das tuas ruas de pedra a ascender a tempos imemoriais... também ali, na voz da teresa salgueiro, as imagens fazem-se verdade diante dos nossos olhos, uma verdade que talvez não exista senão neles. e volto a escutar.
beijinho!
volto, e levo as tuas palavras comigo, saio a cantar lisboa de novo...
Eliminarbeijinho!
obrigada, amigo com voz de mar!
e lisboa em todos os mapas da tua voz.
Eliminarbeijinho, amiga!
Eurico querido,
ResponderEliminarQuase - o tempo sem tempo e com tempo: momentos entre o antes e o depois que pode se transformar em nunca ou sempre.
Impossível não citar o escritor uruguaio Mário Benedetti: “Hay ayeres y mañanas pero no hay hoyes"
Beijos com saudades!
PS.: A tua escrita de palavras/fotografias não é quase bela, é bela. Plena de manhãs.
aninha,
Eliminaro tempo-quase, esse que fica a meia viagem entre o que recordamos e o que esquecemos. tenham um e outro sido ou não verdade.
beijinho em polaroid!
p.s. mário benedetti, conheci-o pela tua mão. palavra que se ergue acima do que as montanhas do olhar alcançam.
Ah! Neste dia 13 completa um ano de nosso cadáver esquisito – notícias do tempo.
ResponderEliminarQuando o Quase se tornou Sempre.
Saudades também...
Mais beijos!
esse 13 que há um ano nos trouxe notícias do tempo, o tempo de outrora, o tempo de viagens e do corpo sobre o traço de um amor triste, o tempo dos fragmentos colados aos pulsos de um quase-homem, de uma quase-mulher, o tempo das notícias que envenenam os sonhos, as ancas e os lábios e todos os tecidos por-remendar. e lá, fora, a mínima é de 8º centígrados...
Eliminarbeijinho, aninha, agradecendo a oportunidade desta partilha de escrita que se me fez sempre.
Jorgito, meu bom e gentil amigo, a saudade já me pesava o peito.
ResponderEliminarUm período difícil, este, de férias escolares, pois sou mais consumida pelas filhas e pela netinha, coisa que me exige tempo, e mais tempo. Tantas solicitações me deixam exaurida, mas adoro ser devorada pelos meus amores, apenas lamento o afastamento poético, mas é inevitável, não sou tão desdobrável assim, porém, fevereiro já bate à porta e tudo se acomoda.
Estou encantada com essas imagens, absolutamente encantada com esse quase-tempo capturado, não apenas por quem enxerga e sim, e principalmente, por quem sente cada detalhe de vida, de humanidade e de tempo. Um tempo que se mescla de morte e renascimento, todos os dias, bem diante dos nossos narizes. Você é um poeta com qualquer ferramenta artística, as imagens não deixam dúvidas.
O preto e branco da fotografia imprime uma qualidade de liberdade que eu adoro, todas as cores são possíveis.
"tudo o que não recordo altera o passado" (amei!)ainda bem!
bj grande, meu amigo-poetíssimo
ira, querida amiga,
Eliminarnas fotografias, sinto o preto e o branco como portal de mil e uma possibilidades, por permitir a uniformização de tons. parece uma contradição, mas vejo as duas ideias como complementares: na verdade, tudo parece mais genuíno, mais verdadeiro nesse crivo do tempo que o polaroid com os dois tons-base anuncia; é que, apesar de sugerirem apenas um andamento a duas velocidades, num segundo olhar abrem todos os matizes que percorrem infinitas cores dentro desta paleta ambivalente. e, como a vida, na claridade do branco e na obscuridade do negro.
beijinho a preto e branco, feliz por este momento em que sucumbes ao cansaço do reencontro com os teus dois amores! haverá melhor forma de definir o bem-estar?
Encantada pela beleza poética entremeada de verdades em imagens e palavras!
ResponderEliminar"todo o tempo que baixa os olhos
apaga as linhas do rosto
e morre"
Um grande abraço,
anna,
Eliminarverdades em imagens e palavras... as nossas verdades, suspensas no olhar, mesmo quando até os pássaros desistem.
beijinho!
Esta reflexão sobre o tempo só pode vir de quem o conhece tão bem. Gostei das fotografias. Muito. (Um) outro(s) tempo(s).
ResponderEliminaro tempo, quanto mais julgamos dele saber alguma coisa, subjugá-lo, torná-lo fera amansada, eis que se rebela, nos morde e sobre a pele nada é o que parece. e logo todo o tempo se faz outro tempo [às vezes tanto tempo, um tempo tão longo, tão louco e tão viral. como nós, afinal, na mágoa do que não sabemos/soubemos eternizar.
Eliminarbeijo!
tempo-quase... implacável!
ResponderEliminartempo-quase... baloiço do corpo.
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