Por fim, relembras... recordas o
tempo em que escrevias vozes em cada verso, mulheres mordendo a noite, copos
acesos de rimas à espera que os lençóis estendessem as mãos para as magnólias
de um tempo que adivinhavas eterno. Sim, escrevias, e no bailado de tinta, emaranhavas
serpentes que se lançavam para dentro do corpo – e o tempo foi água a correr,
invisível, na clepsidra das veias.
Hoje já nada escreves e a palavra
é apenas o abandono com que, de bengala na mão, recordas o fim da estrada. Por
isso, corres... à velocidade da solidão.
Fotografia de Jorge Pimenta
Jorge e seus becos escuros. Jorge e suas luzes ao fim dos túneirs. Jorge e sua luz pintando de claridade a escuridão.
ResponderEliminarJorge.
Jorge e suas lentes, lanternas...
Abraços,
R.
A solidão é um sentimento nefasto, sutil, sorrateiro, chega sem pedir licença, adentra, se instala, e maltrata lentamente, lindo texto o seu amigo e poeta Jorge Pimenta, estava com saudades de seus escritos, e sua fotografia também, parabéns.
ResponderEliminarUm grande abraço pra ti.
Paulo Cheng
gosto da foto, mas gosto muito do texto, embora um pouco nostálgico.
ResponderEliminarbom fim de semana.
beijinho
:)
o fim da estrada, da escada, o caminho e os degraus , indo e vindo, subindo e descendo, imagens por si,
ResponderEliminarbom te ler e viajar através de sua lente :)
beijo grande de saudades, querido Jorge
Há estradas infinitas… as que nascem com tinta da alma e ao sabor de uma razão, existir.
ResponderEliminarHá sombras em cada esquina do tempo mas nem por isso o sol deixa de existir.
Beijinho de saudades!