metade de
nós o que não sabemos; a outra metade... o que não recordamos.
jorge
pimenta
fotografia de jorge pimenta - museo reina sofia, madrid
imagino um
céu sobre nós
cavalgando a
noite
velozmente
como o corpo
escala
ruelas
femininas
imagino lugares
limpos
baladas
véus descalços
de meses
e calendários
transparentes
imagino-te
nua,
adivinho-me
a arder
tu e eu,
escadaria
invisível
de boca em
boca
de ilusão em
ilusão
algures
na
derradeira certeza
das mãos
frias.
eu escutei certa vez de que "há muita distância entre intenção e gesto"
ResponderEliminare diria que ainda que permeiam anseios numa circunavegação de corpos
abraço
o gesto a aguardar a intenção ou a intenção à espera do gesto: o grande risco de morrer de vida nenhuma.
Eliminarabraço, assis!
sensual e terno.
ResponderEliminarmuito belo.
bom fim de semana.
:)
sê bem-vinda, piedade; agradeço as palavras-sorriso.
Eliminarum beijo com afeto!
Imagino calendários transparentes,
ResponderEliminarponteiros sem relógios
ilusão abraçando caminhos
e se saudades que se dissipam na beira da estrada!!
Lindo demais!!!
Suas palavras são bálsamo em minha vida!!
Abraços
suzaninha,
Eliminarfragmentos de vida nessa metade mais limpa do ser e a que damos o nome de alma; haverá outra forma de definir poesia?
um beijo com todo o meu carinho!
Ai, que lindo! De uma beleza que se anseia...
ResponderEliminarBeijo, Jorginho!
Linda imagem!
beijos e anseios, querida adri!
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ResponderEliminarO desejo e seu fascínio pelo intangível! veneno sem antídoto ou apenas uma metade?
ResponderEliminarUfa! Ufa! Que poema, meu amigo, de tirar o fôlego
bj suas mãos que cantam como ninguém
sonhos e intangibilidades: peças de um puzzle que se monta, que nos (des)monta...
Eliminarbeijinho, ira-poeta-maior!
Podemos ver nossos desejos realizados, ainda que a realidade os tenha distantes de nós. São versos são sempre lindos. Bjs.
ResponderEliminarquerê-los é uma outra maneira de os dizer e, uma vez nomeados, são inteiros.
Eliminarbeijinho, marilene!
ResponderEliminarApreciei a foto.Caminhares pelo verso do poema.
A frase é perfeita!
"metade de nós o que não sabemos; a outra metade... o que não recordamos."
Abs,
caminhares assim, em pezinhos de lã, como quem quer, como quem tem medo de querer: saber e recordar - a risca de luz na noite que transforma.
Eliminarbeijinho!
eu imagino... assim me inscrevo nas próprias ideias(?)
ResponderEliminarbeijos, meu amigo poeta das imagens pulsantes!
não imaginar: não ser no gerúndio.
Eliminarbeijinho, querida poeta de mãos-infinito!
Jorge,
ResponderEliminarjá é tarde, e venho como motorista argentina. Faltava apenas a visita aqui ao Orvalho para cumprir minha rota junto aos amigos, e não deixaria de fazê-lo.
Toda publicação pareceu-me uma antelação pelas certezas: "lugares limpos", "calendários transparentes", "algures na derradeira certeza das mãos frias".
O poema como um voo a alcançar alturas possíveis onde, por vezes, nem se sabe voar, ou será que se esquece que não sabe voar?
Utopia, sim, mas como é bom tocar nas imagens de um poema e fazê-las um pouco tácteis, um pouco nossas verdades. Afinal, se esquecemos ou não sabemos, que diferença faz ser verdade ou não? Já se faz verdade, pois sentimento, pois Poesia!
Muito lindo! Imaginei-me em Madrid, ... ou... estive lá agorinha mesmo?! :)
Deixo-te os dois últimos tercetos do soneto XXVI [Deve haver tanta coisa desabada], de Mário Quintana, que remeteu-me, mais pela ideia do teu incipt:
"Manchas de sangue inda por lá ficaram,
Em cada sala em que me assassinaram...
Pra que lembrar essa medonha história?
Eis-me aqui, recomposto, sem um ai.
Sou o meu próprio Frankenstein — olhai!
O belo monstro ingênuo e sem memória..."
Beijos e saudades!
PS.: Estou no meio de duas flores, a daqui, a Luíse, que quer que venhas para ser o fotógrafo das aulas de hipismo, me disse que vais demorar para vir :) (já entendeu isso sem eu precisar falar..., mas disse que virás!); e a flor daí, Maggie, pediu-me para interceder junto ao papai Jorge para que venham à Copa, (agora Portugal está na Copa, não esqueças!), e fazemos gosto em recebê-los. Sugiro que já vás averiguando os preços dos voos :) O que digo à Maggie e a Luíse?... Neste caso, pelo nível de exigência das princesas sugiro que ignores o incipt e que saibas e não esqueças do que dizer:)
aninha,
Eliminarsaber e recordar, as duas faces de um mesmo rosto - o da loucura que nos assiste, desafia e confronta na hora que tudo rasga, no instante que tudo devora. não admira que "as manchas de sangue inda por lá ficaram", como diz quintana, pois se o que se não vê apenas se adivinha, há em cada pequena derrota um rasto de matéria que nos delimita. ironia maior: quanto é memória que apagamos ou apenas memória que não sabemos apagar
beijos de orvalho com saudades!
p.s. hei de fotografar luíse a galope nas pradarias desse teu rio grande do sul; só não sei quando, que bem diferente de esquecer e olvidar.
maggie sabe de como será difícil tornar a copa um acontecimento minhoto-gaúcho...
p.s.2 esta foto que aqui postei captei-a numa sala ligada ao surrealismo quando passava um filme de luis buñuel e aquele casal entrelaçava o relevo do corpo.
Há mãos
ResponderEliminarQue tocam
Sem encostar
...
(Imagino as saliências de olhar)
Beijo cristal, poeta primoroso!
saberá o alfabeto os segredos da escrita?
Eliminarsaberá a poesia o que é a morte?
saberá a morte que, em cada palavra, se escondem mil e um abismos?
e as mãos que, apesar de tudo, persistem em tocar sem encostar...
beijos, poeta-cris-tal!
uma verdadeira balada este teu poema!
ResponderEliminarlindo de morrer, perfeito incêndio!
e a foto, parece uma miragem...
beijinho, querido amigo!
basto-me com a fogueira das tuas palavras, andy; sempre.
Eliminarum beijinho, querida amiga!
Jorgíssimo
ResponderEliminarImagino, imagino tudo não irreal em noites transparentes e a certeza de que este seu verso sensual tocou a alma dos poetas. Pertinente e lindo o vídeo. A noite pode trazer tempestades, mas a jornada dos sonhos é abençoada.
Dias sempre iluminados para você.
bjs.
palavras que têm o sabor a mar e a todos os seus horizontes, querida elisa!
Eliminarbeijinho!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarsonho e utopia, essa constelação inoxidável do homem.
Eliminarbeijinho, querida alcina!
O verbo jorra de sensualidade, inebriante viagem de sentires!
EliminarSonho, utopia ...que se cumpra!
Beijinho, querido amigo!
P.S. Passei por aqui, de novo, e quando vi um erro crasso, apaguei o comentário de imediato. :)
olá
ResponderEliminarentre tantos poemas seus que gosto, levei este por empréstimo, espero que não se importe.
se não concordar será imediatamente retirado.
obrigada!
http://ecosdepoesiaeliteratura.blogspot.pt/
Muito belo jorge.
ResponderEliminarbeijinho
cvb